Crítica: ‘O Agente da Estação’(2003), de Tom McCarthy

Contando as
histórias de personagens que se fundem em sua própria solidão, ‘O Agente da
Estação’ acaba se definindo como uma obra suave, que mostra a tranquilidade com
que os personagens encaram os conflitos que permeiam suas vidas. Uma comédia
doce que acaba por transcender seu gênero, inserindo-se na dramaticidade de se
tentar viver alheio à sociedade.
O filme vai
contar a história de Fin, um homem que sofre de nanismo, que, após o dono do
lugar onde trabalha morrer e deixar uma propriedade em uma zona rural de Nova
Jersey, acaba deixando sua vida na cidade grande para trás em decorrência do
preconceito social exacerbado contra a patologia que o aflige. Nesta nova
cidade, Fin acaba por encontrar e começar um relacionamento de amizade com Joe,
um vendedor de cachorro-quente, e Olivia, uma mulher recentemente divorciada
que perdeu seu filho.
A trama do
filme vai se desenvolver exatamente no relacionamento improvável entre os três
personagens, revelando os motivos de eles residirem em um local tão longe do
tumulto social e o desmembramento de seus conflitos internos. Nos prolongaremos,
durante os curtos 89 minutos de duração do filme, neste relacionamento
catártico entre os três e as implicações que isso irá acarretar.

Toda a
história contada tem um desenvolvimento contínuo, explorando todos os três
personagens centrais da trama, sem deixar nenhum ficar sob as sombras do outro.
No entanto, a história procura adentrar ao cotidiano dos personagens sempre
pela visão de Fin. É o homem que faz essa ligação entre os três, acabando por
tornar toda essa junção de personas diferentes possíveis.
São debatidas
aqui as opressões a que os personagens são submetidos pela sociedade, e daí o
desejo de se desvincular dela. Cada um, por uma motivação diferente, anseia
pela solidão para poder ter um pouco de paz em suas vidas. A vida construída
longe do contato dos outros fica longe de se fazer satisfatória para eles, mas
pelo menos entrega um alívio necessário.
É importante
fazer um paralelo entre as diferentes vertentes que guiaram os personagens a buscar
o isolamento. O isolamento de Fin vem devido aos constantes preconceitos que as
pessoas despejam sobre o homem devido a sua patologia. Fin, em sua rotina
diária, é alvo de gozações, olhares assustados e perguntas ofensivas sobre seu
tamanho. Olivia anda por caminhos diferentes. A mulher buscou esse isolamento
de maneira proposital, sendo incapaz de se submeter às rotinas comuns após a
morte de seu filho. A vida inserida a um ambiente social turbulento, com
familiares e amigos, simplesmente passou a enojar a mulher. Já na figura de Joe
o isolamento foi uma coisa imposta pelo mundo ao seu redor. Falante demais, o
homem acaba por se tornar sociável em demasia, tornando seu convívio com os
outros inviável.

Em seu
primeiro trabalho a frente da direção, Tom McCarthy faz um trabalho mais conservador, se limitando a cenas com um trabalho
de câmera mais fixo, sempre explorando cenários bem delimitados. Toda essa
limitação passa longe de ser algo ruim para o filme, entregando para o roteiro,
também escrito por McCarthy, a responsabilidade de guiar completamente o filme.
O diretor também escolhe por dar um clima ultrapassado ao filme, parecendo, por
seus enquadramentos e composições de cenário, uma obra realizada 10 anos antes.
O elenco é
composto por atores esforçados. No papel dos três personagens centrais temos Peter Dinklage, Bobby Cannavale e Patricia Clarkson. Todos estão ótimos, tendo em suas atuações um ar melancólico que
norteia seus personagens. É impossível destacar uma atuação, todas seguem o
mesmo padrão.
A reta do
filme acaba ficando um pouco forçada demais em seus conflitos, sem, no entanto,
perder o foco. ‘O Agente da Estação’ acaba se destacando pela sutileza com que
trata de assuntos difíceis, como processo de luto e preconceito social. Um
filme que faz o espectador se perguntar sobre o modo de como um indivíduo em
uma sociedade moderna é ensinado a agir, desprezando qualquer coisa que fuja
aos seus ideais comuns.
Nota CI: 7,0 Nota IMDB: 7,7
Filmografia:
AGENTE da
Estação, O. Direção: Tom McCarthy. 2003. 89 min. Título Original: The Station Agent.

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