Crítica: ‘Desafiando a Arte’(2015), de Jason Bateman

No seu segundo trabalho à frente da direção de um longa-metragem, Jason Bateman, que também protagoniza o filme, nos apresenta um filme sobre uma família desajustada imersa em um processo de deterioração gradual. Brincando com sua linha temporal, criando uma atmosfera pautada no senso do fantástico e expondo como determinados fragmentos da infância do indivíduo podem ser indissociáveis à sua essência, ‘Desafiando a Arte’ não é ausente de erros, mas consegue trazer ao seu espectador uma trama interessante sobre a estranheza contida no ser humano.

Baseado no livro de Kevin Wilson, a trama do filme se aloca na vida adulta de dois irmãos com jornadas erráticas através do mundo, que, após descobrirem que seus pais, dois artistas excêntricos, desapareceram, iniciam uma busca por respostas, somente para reviverem fantasmas do passado e descobrirem mais sobre si mesmos. Passaremos os 105 minutos de duração do filme explorando essa busca dos irmãos por respostas para suas inquietações existenciais e a tentativa de desmembrar o mistério de seus pais.

O início do filme procura adentrar ao que há de mais incomum e desajustado sobre seus personagens, explicitando suas formas exacerbadas de se comportarem e como isso acaba trazendo sofrimento para eles. Dinâmico, o filme procura atrair a atenção do espectador com a velocidade de informações e sequências rápidas de cenas importantes para a compreensão de seus personagens.

Concomitante a essa dinamicidade imposta pelo filme, teremos uma atmosfera fantástica regendo os passos dos personagens. Trilha sonora, fotografia e ambiente trabalham por alocar o espectador em uma espécie de realidade alternativa de mundo, na qual os indivíduos ali inseridos parecem ter um cotidiano muito mais espetacular do que o habitual. Tal escolha para o filme lembra muito as obras de Tim Burton, como ‘Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas’(2003) e ‘Edward Mãos de Tesoura’(1990), apesar de, obviamente, não ter a mesma qualidade.

Acompanharemos o desenvolvimento do filme fazendo sempre a alternância entre passado e presente. A fragmentação do passado e presente é benéfica para a trama, criando mais densidade para cada descoberta que os personagens fazem. Esse estudo do passado também oferece ao espectador um esboço das personalidades dos pais dos irmãos, nos fazendo entender toda a estranheza que rege aqueles indivíduos.

Conforme nos encaminhamos para a reta final, o filme começa a perder sua dinamicidade, ficando lento e insosso em algumas cenas. Aqui, há uma mudança de gêneros no filme. Antes guiado exclusivamente pela comédia, com leves inserções de mistério, a trama escolhe, nesta camada final, por recorrer ao drama para determinar os trajetos finais de seus personagens e situações. Porém, essa opção deixa o filme pesado demais para o que havia sido trilhado até o momento. Junto com a inserção no drama, há uma exposição da importância da infância para o pleno desenvolvimento de um indivíduo, mostrando, aqui, como elementos danosos de um passado turbulento acabam agindo como instâncias imutáveis no ser humano, delimitando seus caminhos presentes e futuros.

Adentrando ao campo da direção, veremos um trabalho regular de Jason Bateman no comando do filme. Bateman consegue criar uma boa atmosfera para o filme guiar sua história. O diretor também consegue conversar bem passado e presente, quando a trama necessita, ambientando, sem trazer confusão, o espectador. O maior equívoco da direção é o de não conseguir unir o drama latente das vidas dos personagens com suas jornadas cômicas nos seus cotidianos, tornando essa troca truncada e forçada na reta final, como dito acima.

Bateman também protagoniza o filme ao lado da atriz Nicole Kidman. Os dois estão excelentes no filme, conseguindo transpor ao público todas as incertezas dos personagens, assim como o sofrimento que toma conta deles em cada desnivelamento da trama. Acompanham os atores no elenco, em sua parte secundária, Christopher WalkenMaryann PlunkettKathryn Hahn e Jason Butler Harner.

Notabilizando-se como uma opção comum em meio a tantos filmes com temáticas parecidas, ‘Desafiando a Arte’, mesmo assim, acaba se fazendo como uma boa opção. Um filme permeado de nuances positivos sobre as vidas de seus personagens, mas que esbarra na falta de criatividade de seu final.
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