Crítica: ‘A Qualquer Custo’(2016), de David Mackenzie

Vindo de bons trabalhos nos anos anteriores, o diretor David Mackenzie tenta nos entregar aqui uma obra ágil sobre os desmembramentos sociais que as atitudes de uma família podem gerar em seu meio. Utilizando-se sempre da figura da trilha sonora e das cenas de ação para impregnar determinada ideia no filme, Mackenzie subjuga partes da carga dramática presente no roteiro para nos dar algo mais rústico. ‘A Qualquer Custo’ ainda vai contar com atuações seguras dos três pilares do filme para dar veracidade à trama.

O filme vai nos trazer a história de dois irmãos, Toby e Tanner, que, após problemas financeiros, decidem iniciar uma série de assaltos a banco em uma cidade do Texas. Conforme a dupla vai exacerbando suas ações, Marcus Hamilton, o xerife local, um homem prestes a se aposentar, acaba ganhando bastante interesse pelo caso. É a partir deste momento que se iniciará uma caça pelos irmãos que perdurará até o final do filme.

Iniciaremos o filme com uma abertura que servirá para delimitar as personalidades dos dois irmãos, suas angústias e motivações para tais atos. Esse começo também servirá para o diretor dar um pequeno esboço, com cenas extremamente ativas, com uma câmera que segue a ação de forma obsessiva, e fugas em automóveis, do que seríamos expostos em tomadas futuras.

Essa inserção no relacionamento dos irmãos vai se intensificando conforme o filme avança. Veremos dois indivíduos muito diferentes, onde o sentimento de amor e a história familiar é a única coisa que acaba por ligar os dois. Toby é um sujeito comedido, com filhos e uma ex-esposa para sustentar, que utiliza do roubo para angariar recursos para uma vida de qualidade para sua família. Tanner, ao contrário, é um homem instintivo, regido por suas pulsões mais selvagens, buscando unicamente os elementos para satisfazer determinadas vontades. Toby assalta os bancos porque precisa, enquanto Tanner o faz porque ama essa vida.

Em contraponto com os irmãos, temos a figura de Marcus Hamilton. Hamilton é uma espécie de xerife da pequena cidade, se notabilizando sempre por sua personalidade calma e comedida, utilizando sempre do sarcasmo para atuar sobre o mundo, e, mais especificamente, sobre seu trabalho. O homem demora a ter a noção, mesmo com a grande experiência, do que seu trabalho implica em sua vida e na de seus parceiros. Essa noção só vai surgir no homem na reta final do filme, quando é exposto a uma situação extrema.

Os tropeços do filme acabam aparecendo justamente quando o diretor escolhe por não dar uma maior atenção nessa formalização das personalidades completas dos personagens para o espectador. O filme é muito frenético, as cenas de ação são repetitivas e insossas, apesar de serem executadas com extrema cautela e empenho, e a câmera de Mackenzie é afobada, não conseguindo tirar tudo de cada cena. A edição do filme é incansável, seguindo o padrão de qualidade das cenas de ação, se guiando por cortes velozes e que ajudam na absorção de cada tomada. O problema é que isso se faz desnecessário para a proposta que o roteiro, escrito por Taylor Sheridan, entrega.

A trilha sonora, comandada por Nick Cave e Warren Ellis, é bastante ativa durante o filme e essencial para o que o diretor trilhou para cada cena. As músicas alternam entre o country e composições mais soturnas. Essa variação servirá para fazer o espectador adentrar a toda aquela atmosfera quente e intensa que o filme traz. Também servirá para nos colocar no interior da personalidade e o momento psicológico dos irmãos.

Outro fator positivo do filme é a boa fotografia de Giles Nuttgens. Sempre teremos quadros que entregam o cenário como um todo, nos mostrando toda a composição e importância que aquele lugar tem sobre o filme e sua proposta. Teremos duas ou três cenas que explicitam bastante isso e nos fazem dar uma maior atenção a esses detalhes.

O elenco, formado por Jeff Bridges, Chris Pine e Ben Foster, está muito longe de estar espetacular, mas, no entanto, faz um bom trabalho. Bridges, como o xerife local, nos traz uma atuação discreta, sempre seguindo uma fala arrastada e cansada, refletindo o momento de seu personagem. Pine e Foster, como os irmãos Toby e Tanner, respectivamente, escolhem por entregar atuações mais intensas, com expressões faciais carregadas e discursos agressivos.

‘A Qualquer Custo’ é um filme regular que acaba tropeçando na direção que foca mais na parte de ação e negligencia todo o drama ali presente. No entanto, o roteiro de Taylor Sheridan é tão robusto que, mesmo com toda a infinidade de ação contida ali, ainda consegue retirar toda uma interpretação das motivações que regem os personagens.
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