Crítica: ‘O Encontro’(1985), de André Téchiné

Expondo uma conjunção de personagens maltratados pelo meio social, um senso de tragédia inserido em cada fragmento de cena e uma noção de banalização da sexualidade por meio da protagonista, ‘O Encontro’ se notabiliza por ser um filme que traz muitos conceitos sem, no entanto, conseguir obter êxito em nenhum. Seu diretor, André Téchiné, falha em dar dinamicidade e peso aos personagens, tornando o filme muito ritmado e, até mesmo, insosso em alguns momentos. Porém, nem tudo sai errado no filme quando falamos da composição do elenco. A atuação da protagonista do filme consegue dar substância a sua personagem e tornar as cenas em que está participando mais aprazíveis e sensíveis.

A trama do filme caminhará pelas vidas movimentadas de alguns personagens e suas escolhas sempre equivocadas. Sempre girando em torno da personagem Nina, uma atriz de teatro, a história vai nos mostrar como a figura da paixão e do sexo são fortes no ser humano. Durante seus curtos 82 minutos de projeção, o filme trabalhará todos os relacionamentos conturbados de Nina e suas consequências nas vidas de todos ali inseridos.

Mesmo sendo bastante curto para a trama que se propõe em contar, veremos o filme dar um ritmo cadenciado para o desenvolvimento de conflitos dos personagens. O começo do filme acaba se pautando exclusivamente em mostrar ao espectador as facetas de determinados personagens que conduzirão o filme. Aqui, partiremos sempre do pressuposto do conceito de personagens ignorados e maltratados pelo ambiente que os cercam. Seja na construção de uma personagem vista como um mero objeto sexual ou pela figura de um jovem incapaz de se fazer escutar em sua rotina diária, o filme sempre utilizará esses dramas para tentar dar rumo à trama.

Por intermédio dessa questão da objetificação do ser humano para determinado interesse, neste caso o sexo, são construídos todos os pilares que sustentarão o filme. A personagem principal é vista como um instrumento para satisfazer as necessidades sexuais dos homens ao seu redor, e ela jamais procura extinguir este conceito de sua vida, mesmo sofrendo com isto. O sexo acaba sendo para Nina uma saída para situações conflituosas ou para atingir determinado interesse profissional.

Os problemas começam a ficar evidentes no filme quando entramos em um emaranhado repetitivo interminável que nos deixa presos a essas construções iniciais. Tudo é regido por uma superficialidade exacerbada. Os diálogos são rasos e pouco contundentes para formalizarmos uma análise completa sobre os personagens e cada cena utilizará sempre o sexo para chegar ao seu desfecho, não conseguindo concluir suas cenas de outra forma.

Conforme avançamos, não conseguiremos dar importância aos caminhos escolhidos pelos personagens, o espectador se sente alheio a eles e, consequentemente, à trama. Também vale salientar uma disparidade entre roteiro e direção. Mesmo tendo participado da elaboração da história, junto com Olivier Assayas, o diretor não consegue levar para cada cena o senso intrínseco trágico do roteiro, com cenas sem peso para diálogos e situações pesadas.

Essa direção também erra em deixar o filme com um aspecto defasado e sujo, utilizando cenários e ambientes pouco imersivos. André Téchiné também escolhe por deixar a atmosfera do filme crua, com pouca utilização de uma trilha sonora e cenas longas e monótonas. É impressionante como Téchiné consegue deixar uma obra de apenas 82 minutos demasiadamente longa em sua execução.

O elenco conduz a história de forma competente, sempre projetando um peso maior para diálogos vazios, mesmo com alguns de seus componentes escolhendo por um ar teatral desproporcional para suas atuações. Encabeçando esse elenco, temos Juliette Binoche. Em um de seus primeiros filmes, Binoche já consegue evidenciar alguns pontos que viriam a compor sua carreira. Aqui ela consegue elevar a qualidade precária do filme nas cenas em que está presente, emanando um ar de fragilidade em seus atos.

O Encontro’, mesmo tendo como ponto positivo a presença de Juliette Binoche, é uma obra dispensável. A direção é ruim, não consegue trabalhar bem com o tempo que lhe é disposto, fugindo sempre para a exposição de cenas de sexo, e o roteiro peca em não dar profundidade para seus personagens centrais, apesar de apresentar um começo interessante e socialmente relevante.
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