Irretocável do começo ao fim, ‘O Mestre’ traz o que de melhor o cinema pode oferecer. Dirigido por Paul Thomas Anderson, o filme apresenta em sua trama as vidas de dois indivíduos erráticos, ligados pela figura do acaso, que adentram a um processo simbiótico potencialmente destrutivo. O filme ainda apresenta uma parte técnica que beira à perfeição, como a cinematografia, trilha sonora e edição, além de conter atuações apoteóticas de sua dupla principal que eleva sua qualidade.
A trama do filme, também escrita por Paul Thomas Anderson, se aloca na vida de Freddie Quell, um veterano da 2ª Guerra Mundial, mostrando sua jornada errática no mundo. O filme ganhará sua substância quando Freddie conhece a figura de Lancaster Dodd, um mandatário de um culto com viés fantasioso. Juntos, sempre tendo a figura de Dodd no controle da relação, ambos vão adentrar a um processo destrutivo indissociável, explicitando toda a importância que cada indivíduo representa para o outro.
O início do filme, sempre pautado na exposição do melhor que os ambientes mostrados podem oferecer no quesito estético, teremos um panorama inicial do personagem central. Freddie dispersa um comportamento lesivo contra o mundo, aparentando ter marcas incorrigíveis oriundas da guerra. Aqui, o homem explicita um aparato psicológico comprometido e uma falta de controle de suas pulsões instintivas, em especial a raiva.
Bastante cadenciada, a trama avança somente quando se chega ao pleno desenvolvimento das camadas anteriores. Após essa primeira e longa exposição inicial do personagem, vamos ser introduzidos à figura do acaso que apresenta Freddie ao personagem Dodd, apelidado de ‘O Mestre’. Conectados instantaneamente por um laço inexplicável, os dois passam a formar um vínculo que propiciará toda a dinamicidade do filme.
O compêndio que compreende Dodd, um homem aprazível e controlador em suas relações sociais, evidencia as esferas comportamentais que faltam em Freddie. Já olhando por outro lado, a instintividade de Freddie, assim como sua necessidade por alguém que o controle, representa a camada necessária ausente para Dodd. Juntos, os dois passam a completarem-se.
No entanto, conforme avançamos para a reta final da obra, veremos como os dois somente aumentam a velocidade daquele processo degenerativo de ambos mascarado por algum tempo. Em uma espécie de processo catártico jamais alcançado em sua vida até então, Freddie percebe isso, e, em uma das cenas mais impactantes do filme, permeada de simbolismos, de uma beleza ímpar, resolve quebrar com o processo simbiótico que envolvia os dois. Então, passaremos a acompanhar o difícil e doloroso, principalmente para Dodd, processo de separação dos dois, explicitado com construções de cenas magistrais, assim como seu roteiro primoroso.
No campo da direção, comandada brilhantemente por Paul Thoma Anderson, teremos sempre a tentativa de retirar tudo que uma cena possa oferecer, seja com seus atores, objetos ou ambientes. Anderson opta pela transposição da beleza ao espectador. Enquadramentos impecáveis, com uma fotografia (comandada por Mihai Malaimare Jr.) pendendo para a exposição de tons quentes, trabalham por oferecer toda a intensidade presente nos personagens destrinchados.
Outro elemento que chama a atenção no filme é a sua trilha sonora “deveniente”, conduzida por Jonny Greenwood. As composições trazidas ao filme captam a condição momentânea dos personagens expostos em cada cena, sejam eles quais forem. Essa trilha sonora se adequará em, simplesmente, todos os fragmentos dispensados pelos personagens. O legal aqui é que Paul Thomas Anderson parece conseguir abstrair o que cada profissional de seu time de produção tem a oferecer. E o que mais explicita isso são as potentes atuações de seu elenco.
Joaquin Phoenix, Philip Seymour Hoffman e Amy Adams assumem a parte central do elenco. Amy Adams, vivendo uma personagem responsável por manter o controle das exacerbações dos dois homens, tem uma atuação comedida, porém intensa. Aqui, a atriz consegue expor ao público como sua personagem é importante para o avançar da trama e dos outros personagens. Joaquin Phoenix, no personagem de Freddie, tem a atuação mais potente de sua vida, melhor, até mesmo, que ‘Johnny e June’(2005). O ator está completamente frenético aqui, dispondo intensidade em cada fragmento de cena em que está introduzido. Porém, quem realmente se destaca aqui é Philip Seymour Hoffman. Hoffman consegue uma atuação soberba, se utilizando de gestos, expressões corporais, intensidade de falas e, principalmente, olhares para impactar o espectador. Uma das grandes atuações da história do cinema.
Verdadeira obra-prima da filmografia fabulosa de Paul Thomas Anderson, este filme consegue conquistar seus objetivos por se valer da perfeição em cada âmbito de sua produção. ‘O Mestre’ é um apanhado do que há de melhor no cinema, expondo uma história densa e atraente, além das atuações formidáveis de seu elenco.
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