Dando sequência ao nosso especial sobre a filosofia de Nietzsche, trouxemos para esta lista indicações de filmes que trabalhem com o conceito de super-homem proposto pelo filósofo em suas tramas. O conceito de super-homem, ou Ubermensch no alemão, é delimitado, oferecendo um olhar mais superficial, pela transvaloração dos valores por um indivíduo, sendo o último princípio a ser alcançado, sempre levando em conta outros temas de Nietzsche, como vontade de potência, eterno retorno e amor fati. Assim como exposto no livro “Assim Falou Zaratustra”, o super-homem é em essência o último homem, aquele que tem sede pelos meandros mais básicos da vida, conseguindo superar a mediocridade com uma veia criativa e inspirada. Vale destacar que os filmes citados abaixo são focados especificamente em personagens, e não construções gerais das obras, com opções que caminham pelos mais diversos gêneros e décadas do cinema. Vamos à lista!
10º – Clube da Luta (David Fincher, 1999)
Envolto em uma rotina vazia em seu trabalho, um homem conhece um indivíduo completamente o oposto de sua personalidade que o fará mudar sua forma de encarar o mundo. Dirigido por David Fincher, ‘Clube da Luta’ trabalha com uma cinematografia escura, construções de cenas sempre diferentes e o estudo de personagens renegados para dar substância à sua história potente e surpreendente.
9º – Beleza Americana (Sam Mendes, 1999)
Um homem de meia-idade, inserido em um cenário desalentador e vazio em sua rotina familiar e profissional, decide quebrar com os padrões comuns de sua vida, concebendo um novo e único modelo de enxergar as instâncias do dia a dia. Obra-prima em todas as suas instâncias, ‘Beleza Americana’ mostra um personagem que, cansado de ser maltratado por tudo, concebe um novo ideal de homem, jamais se importando com modelos éticos e morais.
8º – A Bela da Tarde (Luis Buñuel, 1967)
Uma dona de casa comum decide passar suas tardes se prostituindo em um pequeno bordel residencial, descobrindo toda uma nova substância em sua vida. Dirigido por Luis Buñuel, ‘A Bela da Tarde’ questiona o sentido da vida para os integrantes de uma sociedade tradicional, explicitando o quão subjetiva essa escolha deve ser para a plena satisfação de uma pessoa.
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