3º – Calibre (Matt Palmer, 2018)Dois homens, na faixa dos 30 anos de idade, decidem relembrar coisas prazerosas de sua amizade no passado, partindo para uma pequena cidade para praticar caça. O problema é que um terrível acidente ligado à mera figura do acaso e a truculência local deixarão ambos em uma situação extrema e perturbadora. ‘Calibre’ certamente não possui todo o reconhecimento que deveria ter. Sua história densa, cadenciada e, claro, bastante inteligente prende completamente a atenção do espectador aos desdobramentos de cada fragmento de cena. Uma obra que mostra um pouco sobre o cerne podre do ser humano no mundo e, também, sobre a figura, às vezes, trágica do simples acaso.
2º – Cam (Daniel Goldhaber, 2018)Na trama, uma camgirl, obcecada por crescer em popularidade em sua profissão, tem sua vida completamente alterada quando uma pessoa exatamente como ela passa a assumir sua identidade na internet. Perdendo pouco a pouco toda a vida que havia construído, a garota passa a investigar mais sobre a razão de tudo aquilo, somente descobrindo que a verdade talvez fosse mais pesada do que pensara. ‘Cam’ entrega uma atmosfera de loucura e estranhamento única ao espectador, nos conduzindo através de uma trama incômoda sobre os caminhos sociais atuais em meio ao avanço inexorável da tecnologia.
1º – Mais uma Chance (Tamara Jenkins, 2018)Um casal de meia-idade busca de forma incessante uma possível gravidez. Porém, com o avanço do tempo, o casal começa a ver suas chances diminuindo gradativamente. Sem muitas esperanças, eles resolvem ingressar em um método diferente que mudará toda a família. Trabalhando com um tema extremamente pouco abordado na sétima arte, ‘Mais uma Chance’ tateia entre o drama e a comédia, mostrando um pouco da busca de várias pessoas pela figura de um filho e como isso influencia de forma avassaladora os seus cotidianos.