40º – Os Fantasmas do Chapeleiro (Claude Chabrol, 1982)Seguiremos os passos de um serial killer francês em meio à realidade provinciana de uma pequena cidade. O que o filme mostra é exatamente essa fase inicial na tenebrosa carreira de um assassino, capturando os meses em que aquele homem inicia seus ataques a jovens durante a noite. Toda a substância do filme está contida na relação desse serial killer com seu vizinho pacato, um homem que tem quase certeza do hobby macabro que seu colega está inserido. Cortejando a alcunha de obra-prima, ‘Os Fantasmas do Chapeleiro’ é um filme sobre o tema assassinos em série que foge às concepções comuns, trabalhando mais com o aspecto do drama contido em seus personagens centrais. Um filme indispensável do grande Claude Chabrol.
39º – Um Homem Meio Esquisito (Patrice Leconte, 1989)Na trama, um homem de meia-idade solitário passa a parte livre de seus dias espiando sua bonita vizinha pela janela. O filme ganha a sua dinamicidade quando um assassinato ocorre às imediações do prédio desse homem e ele é visto como um suspeito pela polícia. No entanto, nem tudo é o que parece, e a trama do filmes nos direcionará a surpresas fantásticas. Obra-prima do cinema francês, ‘Um Homem Meio Esquisito’ é aquele típico filmes que nos faz ficar pensando sobre o que vimos por vários dias após o seu término. Uma obra que merece ser degustada pelo espectador em todos os seus efêmeros 81 minutos de projeção.
38º – Onde os Fracos Não Têm Vez (Joel e Ethan Coen, 2007)Um homem enxerga a oportunidade de sua vida após achar uma enorme quantia em dinheiro em um local onde acontecera uma negociação fracassada entre cartéis de drogas. No entanto, pouco a pouco, o homem perceberá que ter ficado com o dinheiro havia sido o maior erro de sua vida. Um dos maiores filmes de suspense já concebidos, ‘Onde os Fracos Não Têm Vez’ é uma aula de cinema dos irmãos Coen. Cada plano disposto trabalha por impactar o espectador, trazendo componentes físicos e psicológicos cruciais para o que o roteiro propõe.
37º – A Fita Branca (Michael Haneke, 2009)Ganhando forma em um pequeno vilarejo alemão, pouco antes da eclosão da 1ª Guerra Mundial, a história mostra a tentativa dos residentes do local de descobrir os responsáveis por estranhos e cruéis atos. Dirigido por Michael Haneke, ‘A Fita Branca’ parte de uma premissa individualista, esboçando uma figura do mal que se insere em um único indivíduo, para um ponto de vista coletivo, aterrador, denunciando o mal como algo intrínseco à nossa origem. Um grande filme, que, no entanto, cobra muito psicologicamente de seu espectador.
36º – The Perfection (Richard Shepard, 2018)Completamente surtado em todos os seus aspectos, este filme nos coloca para seguir as nuances de duas jovens artistas musicais pertencentes a uma importante escola da área. A trama ganha a sua substância quando uma delas aparenta nutrir uma vontade de vingança contra a outra garota e a escola, colocando o espectador e todos os outros personagens em um jogo arrepiante, permeado por reviravoltas. Verdadeira pérola da sétima arte, a obra certamente não é recomendada a todos os públicos. O conteúdo exacerbado em seu aparato gráfico e de história exige bastante do espectador. No entanto, vale dizer, todo o empenho é recompensado ao final, fechando com maestria uma história única. Ainda vale o destaque para a atuação da atriz Allison Williams, exibindo uma interpretação tão maluca e certeira quanto o filme.
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