Crítica: ‘Drácula’(1979), de John Badham

Utilizando-se de um roteiro fraco e superficial, John Badham tenta atrair seu espectador pela atmosfera densa e convidativa que permeia toda a mitologia sobre Drácula no cinema. O ritmo ágil e a opção de dar o mínimo possível de informação para o espectador a respeito da trama, entretanto, somente prejudica na absorção do filme. No entanto, o que poderia ser uma obra insossa e esquecível, acaba ganhando certo charme com a presença de uma trilha sonora robusta e um protagonista assertivo na hora de reger sua atuação. ‘Drácula’ passa longe de ser um filme que faça jus às melhores obras do vampiro no cinema, como ‘Drácula’(1931) e ‘Drácula de Bram Stoker’(1992), mas também não se notabiliza como algo totalmente desprezível acerca do romance de Bram Stoker.

A história do filme é aquela tradicional, onde o Conde Drácula se encaminha para algum lugar da Inglaterra para encontrar uma noiva com quem possa passar a eternidade. É claro que em meio a essa jornada muito sangue será derramado e o filme flertará em alguns momentos com um aspecto “gore” superficialmente.

O início do filme é guiado por uma certa confusão, com uma enormidade de eventos intensos acontecendo como uma espécie de resumo ruim de um livro. O erro aqui é presumir que o espectador já esteja completamente familiarizado com a história, deixando de construir diálogos e eventos com alguma substância.

Essa velocidade com que o filme caminha também ajuda a delimitar os sentimentos emanados no espectador. Essa pressa em guiar o filme, sempre pulando para um conflito atrás do outro, impede que o espectador desenvolva qualquer tipo de empatia com os personagens ou com a atmosfera, consequentemente, impedindo que estes se assustem com o conteúdo mostrado.

No entanto, o filme não é só regido por coisas negativas. A figura do Conde Drácula é explorada de uma forma pouco usual e bastante interessante. Não teremos nenhum resquício de humanidade ou piedade em Drácula, como é habitual em praticamente toda a filmografia do vampiro no cinema, aqui sua figura é inteiramente maligna. Todos os atos do personagem são egoístas e extremos. Para conseguir o que quer o vampiro não mede nenhum tipo de esforço. E, quando é oportuno, também faz algumas vítimas simplesmente porque ele pode. Essa é a maior virtude do filme e só é possível com a atuação segura de Frank Langella.

Langella, diferente do resto do elenco, nos entrega uma atuação rústica e extremamente competente. Todos seus passos e falas são pesados, sentimos o personagem se mover. A ausência de medo produzida pela trama esburacada é, nem que seja de uma maneira efêmera, atenuada pela iminência de perigo que o ator guia sua atuação. Com toda certeza, uma das melhores atuações do popular vampiro já feita.

Conforme o filme avança, ele, aos poucos, começa a perder o seu já inconsistente ritmo. Já na reta final, ele começa a apelar somente para as cenas de ação, dispensando qualquer esboço de construção de história que tenhamos visto em seu começo. Todo esse excesso de ação acaba por cansar o espectador, ficando tudo muito repetitivo e sem nenhum peso para os desmembramentos da história.

A direção de John Badham, conhecido muito mais por direções de episódios para seriados do que por seus filmes, é regular. Tendo em vista o péssimo roteiro que teve em mãos, ele até consegue contornar alguns trechos com uma câmera que sempre trabalha por contemplar seu protagonista. As inúmeras cenas de ação do filme também são bem executadas, apesar de, inevitavelmente, se repetirem várias vezes. Badham somente tropeça seriamente na indecisão de usar ou não um terror mais focado no “gore”. Em algumas partes ele faz uso de uma violência mais gráfica e em outras escolhe por cenas teatrais e guiadas por um jogo de edição ágil, que tire a necessidade do uso dessa estética visual agressiva. Essa alternância também incomoda bastante e dificulta na absorção dos eventos que o filme entrega.

Adentrando ao campo da trilha sonora, teremos com o brilhante trabalho de John Williams um grande “coringa” do filme. As composições fortes e que permeiam toda a obra acabam conseguindo trazer ao espectador um peso aos eventos que acontecem. Apesar de ser um crítico de uma trilha sonora que subjugue a história, aqui, tendo em vista a inexistência de coesão no roteiro, isso se faz necessário.

‘Drácula’ é um filme limitado, previsível, mas que contém seus pontos positivos. A direção é esforçada, a trilha sonora é concisa e seu protagonista está completamente à vontade na caracterização do personagem. Esses pontos não apagam os outros inúmeros equívocos do filme, mas amenizam e tornam a experiência de assisti-lo tolerável.
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