Crítica: ‘A Convocação’(2014), de Jason Stone

Pautando-se na utilização do que há de mais habitual no gênero de suspense, Jason Stone, em seu primeiro trabalho como diretor de longa-metragem, não cria aqui nada de novo. ‘A Convocação’, apesar de ter uma protagonista excepcional e um elenco de qualidade, acaba se norteando por uma trama superficial e batida, a utilização de um senso cômico que não funciona e resoluções para conflitos e mistérios esburacadas e inverossímeis.

O filme nos coloca para seguir os passos de Hazel Micallef, uma policial de uma pequena cidade dos Estados Unidos, que guia seus dias sempre com a ideia de uma infinita repetição, bebendo e resolvendo casos tolos do lugar. Tudo muda na vida da mulher quando estranhos assassinatos começam a acontecer na cidade e a investigação de alguns detalhes sobre os casos revelam que um serial killer poderia estar rondando o lugar. A trama ganhará substância ao mostrar luta de Hazel para capturar o assassino e eliminar antigos fantasmas de sua vida.

O início do filme trabalhará para expor ao espectador as nuances daquela pequena e fria cidade, onde nada acontece e seus habitantes parecem, simplesmente, esperar pela morte. Em meio a todo esse clima desalentador, somos introduzidos a protagonista do filme. Toda essa definição do lugar se enquadra perfeitamente ao que compõe a personagem de Hazel. O filme passa a acompanhar, antes da descoberta do primeiro assassinato, um dia na pele da mulher e seu cotidiano insosso.

Somos, também, introduzidos ao momento psicológico conturbado que Hazel se encontra e seu relacionamento problemático com sua mãe. Além de passar seus dias bebendo, seja no trabalho ou em seu tempo de folga, Hazel também faz uso constante de analgésicos fornecidos para um antigo problema nas costas. Essa combinação, aliada com o relacionamento danoso com sua mãe, trabalham por sempre diminuir a autoestima dessa mulher.

O desenrolar dos assassinatos e, concomitantemente, da investigação, dão a possibilidade de redenção por parte da mulher, uma forma de apagar antigos erros e fatos que se faziam presentes até aquele instante. Todos os contornos do filme seguem esse objetivo em especial, com todos os diálogos, paralelos a personagem, agindo para colocar a trama no caminho esperado.

Os problemas começam a aparecer na tentativa de suavizar a história, utilizando um senso de humor que não faz efeito. As piadas, sempre nutrindo um senso sarcástico das situações, parecem estar inseridas nos momentos errados, atrapalhando a absorção da história ao invés de ajudar.

Conforme o filme avança, começaremos a perceber nitidamente a qualidade precária do roteiro. Esse roteiro, escrito por Scott Abramovitch, baseado no romance de Inger Ash Wolfe, acaba jogando fora toda a construção interessante que havia feito sobre a personagem no início do filme, recorrendo a resoluções de conflitos que sempre apelam por uma utilização mal feita do campo preditivo que determinará o andamento da trama.

A direção de Jason Stone acaba seguindo todos os problemas inseridos na trama. Stone acaba criando cenas onde a utilização dos ambientes é negligenciada e a exposição dos atores limitada. As cenas parecem muitas vezes soltas em meio à trama e o diretor possui alguma dificuldade ao introduzir personagens importantes no filme. Os enquadramentos seguem esse padrão de qualidade, com uma cinematografia sem profundidade e demasiadamente acinzentada.

O elenco conta com nomes interessantes, como Donald Sutherland, Topher Grace, Ellen Burstyn e, a protagonista, Susan Sarandon. No entanto, todos possuem um campo limitado, como dito acima, para realizar suas atuações. Como se não bastasse o roteiro errático, os atores ainda são prejudicados a cada plano do filme. Sarandon é quem possui um campo mais expansivo para reger sua atuação em detrimento de seu grande tempo em tela, conseguindo adentrar bem a sua personagem, nos entregando uma mulher confusa e a procura por um sentido em sua vida.

‘A Convocação’ é um filme que possui um início produtivo, mas que acaba caindo em erros comuns ao gênero, sempre recorrendo a desfechos tradicionalmente exacerbados. Toda essa mediocridade do roteiro poderia ser atenuada por uma direção mais habilidosa, no entanto, esta acaba se fazendo ainda pior. O que realmente atenua os erros do filme é a inclusão de rostos familiares ao público, onde, mesmo que negligenciados pela direção, trazem um grau maior de importância para a trama.
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