O último capítulo da saga de Antoine Doinel nos cinemas alterna em qualidade, propiciando ao espectador momentos bons e outros nem tanto, não se comparando às melhores aparições do personagem em anos anteriores. O filme trabalhará com os conceitos de um personagem que se move de forma errática diante da vida, irá transpor sua instância de pensamento como algo congelado e fará um estudo do tempo, conciliando passado e presente, sempre procurando evidenciar as exacerbações de uma vida guiada de forma intensa.
A trama conta os passos de Antoine Doinel, agora com mais de trinta anos, separado de sua esposa e vivendo um romance, aparentemente fugaz, com uma jovem atraente. O filme ganhará sua dinamicidade quando Antoine, por mera jogada do acaso, se depara com um antigo romance de sua juventude, vindo a sofrer, no decorrer de toda a trama, um processo catártico, relembrando de vários elementos de sua vida.
A etapa inicial do filme guia-se de uma forma ágil, mostrando o cotidiano conturbado do protagonista. Aqui, vamos percebendo toda a incongruência do personagem com o meio onde está inserido, tratando suas parceiras de uma forma equivocada, mesmo que ele não queira assim. Essa inabilidade em colocar sua rotina em ordem acaba resultando em um distanciamento das mulheres com a figura do personagem.
Todo esse cotidiano turbulento é guiado pelo filme com cortes rápidos, levando o espectador a cenas de filmes anteriores do personagem, trabalhando por orientar-nos sobre os desnivelamentos da trama. O filme segue, durante toda a sua duração, com esses lapsos temporais, onde em um momento estamos inseridos na juventude de Antoine e, em outro, em seu presente.
O maior problema do filme se destaca exatamente nos lapsos temporais feitos de uma forma exacerbada. A incessante decisão da direção em trazer cenas de obras passadas acaba fazendo o filme perder o foco de sua trama atual, parecendo mais uma grande colagem de cenas icônicas dos filmes anteriores. Essa constante repetição faz o filme se tornar insosso em alguns momentos, vindo, no entanto, a recuperar o brilho do personagem na reta final da obra.
O pensamento de Antoine começa a ser exposto pelo filme como uma instituição congelada no tempo, sem a menor possibilidade de alguma alteração. O comportamento do personagem, e aqui está o maior acerto do filme, é visto como algo previsível, simplesmente definido pelo tempo. Antoine continuará, assim como toda a sua vida, a reger seus passos sobre o mundo de forma frenética, errática e sempre nutrindo uma ingenuidade inexorável em suas atitudes. E a cena final do filme somente evidencia todos os conceitos trabalhados durante os seus 94 minutos de duração.
Rompendo com a qualidade medíocre de todo o resto da obra, os momentos finais destrincham, de forma simples e rápida, toda a substância da trajetória de Antoine Doinel exposta nos cinco filmes que retrataram sua vida. Passado e presente sofrem um processo simbiótico, retratando todos os pontos altos e baixos de uma vida.
Adentrando ao trabalho de direção, veremos um François Truffaut mais instável do que o habitual em sua filmografia. Os cortes rápidos de cenas, não deixando com que a história flua de maneira natural, e a já citada escolha de recortes de cenas de filmes anteriores de uma forma repetitiva são os maiores equívocos do francês aqui. Truffaut, no entanto, acerta em cheio quando decide expor as diversas incongruências do pensamento do personagem e ao adentrar as motivações das parceiras românticas de Antoine quando decidem confrontar o homem, sempre, vale ressaltar, se pautando no bom roteiro da obra. Outro ponto positivo é a sua sempre excelente direção de atores que, mais uma vez, segue irretocável.
O elenco está praticamente impecável, explorando exatamente a proposta que cada personagem demanda. Claude Jade, Marie-France Pisier e Dorothée, interpretando as mulheres da vida do personagem central, expõem, cada uma de sua forma, toda a doçura e ingenuidade inseridas no seu trato com o mundo. Já Jean-Pierre Léaud, no papel principal, mais uma vez consegue obter êxito em transmitir ao espectador toda a aura de intensidade e exacerbação que acaba regendo Antoine Doinel.
Mesmo com os erros contidos em sua proposta, François Truffaut encerra a trajetória do personagem mais icônico de sua filmografia da maneira que deveria. Os conceitos abordados, a decisão de brincar com o aspecto do tempo e as atuações irretocáveis do elenco dá a substância necessária ao filme. ‘O Amor em Fuga’, assim como todos os filmes da carreira do francês, é um filme que vale ser assistido.
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