Possuindo uma abordagem um pouco mais rústica do que o habitual, esta lista traz o conceito filosófico sobre Niilismo para a sétima arte. Majoritariamente, o niilismo é uma negação do sentido para a existência. Basicamente, para o conceito, viver não significa nada, sem conceitos religiosos ou morais, com uma questão quase inerente ao ser humano do sofrimento e do vazio existencial. Em suma, viver é absolutamente inútil para o niilismo. Tendo como ponto de partida essa dura ponderação do Niilismo, trouxemos dez filmes que aderem às especificações do começo ao fim, nutrindo tramas fortes e que jamais fazem concessões ao mostrar as várias facetas da existência. Vamos à lista!
10º – O Sétimo Continente (Michael Haneke, 1989)Acompanharemos o dia a dia normal de uma família europeia composta por um casal e sua filha pequena. O filme ganha a sua substância ao trazer o compêndio vazio ao qual a família está inserida, com rotinas cada vez mais insossas e maçantes, levando-os a planejar um ato extremo. Um dos filmes mais inteligentes e contundentes ao falar do arco destrutivo de uma sociedade tradicional contemporânea, ‘O Sétimo Continente’ é uma viagem sem volta ao âmago humano no mundo. O mais assustador que é explicitado em cada cena é como o filme jamais pondera sobre possíveis soluções para o que estamos vendo. Muito pelo contrário, somente eleva perspectivas assustadoras. Assista preparado a esta obra-prima do austríaco Michael Haneke, pois você jamais encarará a vida da mesma forma após a sua exibição.
9º – Um Elefante Sentado Quieto (Bo Hu, 2018)O filme mostra o cotidiano sofrido de vários personagens inseridos a uma dura realidade financeira e social de uma cidade chinesa. Veremos como cada personagens reage sobre os vários conflitos que acabam surgindo, assim como a vontade inerente dentro de cada um deles de colocar um fim àquele sofrimento. Obra niilista das mais potentes do cinema nos últimos anos, ‘Um Elefante Sentado Quieto’ não é recomendado para aqueles que enfrentam dificuldades emocionais em suas vidas. O conteúdo triste e que jamais oferece elementos positivos nos coloca pra baixo e eleva uma atmosfera de desesperança que transcende a simples barreira da sétima arte. Uma filme com quase quatro horas de duração que acaba valendo cada segundo. Uma experiência única e que faz com que olhemos para nossa própria existência e nossas escolhas. Obra-prima do cinema asiático.
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